Se você é celíaco, ou possui alguma restrição alimentar severa, com certeza já passou pela angústia de ir a um restaurante desconhecido e ter que fazer aquela lista de perguntas para o garçom – que provavelmente foi respondida com uma revirada de olho. E em um pedido ao divino só querer saber: onde comer e como evitar crises?
Mas quando a insegurança bate na mesma força que a fome, chamamos o cozinheiro, o gerente a equipe completa só para responderem a uma única pergunta: tem glúten?
E, ainda assim, depois de tudo isso, quem nunca voltou para casa pensando: será que eu vou passar mal?
Para te ajudar, separamos uma lista de restaurantes seguros para pessoas com doença celíaca se deliciarem com a consciência tranquila.
Segundo a nutricionista Camilly Gabry, encontrar restaurantes realmente preparados para atender alérgicos alimentares é um verdadeiro desafio. E ela, que também é celíaca, o enfrenta sempre que precisa fazer uma refeição fora de casa.
“A falta de uma legislação no Brasil que obrigue as cozinhas de todos os restaurantes a seguirem um protocolo para alérgicos, faz com que a gente entre nesses espaços sempre com medo de comer. E aí o que era para ser um momento de paz e tranquilidade se torna de tensão”, relata
E quanto a isso o “jeitinho brasileiro” vem deixando muito a desejar. Enquanto em países como Portugal, Argentina e Itália há até mesmo McDonald’s com opção de cardápio completo para celíacos, por aqui, a peregrinação por um prato que não ofereça contaminação cruzada ainda é árdua e exaustiva.
“Ainda há muitos restaurantes que, por medo de alguma sanção jurídica, aconselham a pessoa celíaca a não comer ali, por não garantirem a isenção do glúten no prato. Todas as vezes que me deparo com essa situação, vejo que há falta de empatia e políticas públicas quanto a segurança à saúde do outro. Isso emite uma mensagem. Essa mensagem reforça um pensamento retrógrado de a pessoa está fadada a ser infeliz na alimentação”, explica a nutri
Por isso, enquanto não há uma legislação ativa com foco na prevenção de situações de crise alérgica por falta de atenção do restaurante, a Camilly ressalta a importância de os estabelecimentos fornecerem treinamento de ação e manuseio do alimento em todas as etapas. Do fornecedor à mesa.
“A responsabilidade é total e completa do estabelecimento. As pessoas que chegam para trabalhar ali, sejam elas os garçons ou cozinheiros, não têm a obrigação de saber todos os protocolos. Quem deve organizar isso é a administração do restaurante. Essa administração deve fornecer um curso ou capacitação para cada funcionário. A preocupação e responsabilidade deve existir não somente para celíacos, mas também com todos os alérgicos e intolerantes a algum alimento. Seja ao glúten, ao camarão ou ao leite”, explica
“No Brasil, eu só confio em comer em lugares que não tem nada com glúten”, Camilly Gabry, nutricionista
Para quem nasce com a necessidade de ter uma restrição alimentar específica, aprende, desde pequeno, a como lidar com esse estado de saúde. E, também, em quais restaurantes depositar a sua confiança na hora de se alimentar, ou não.
Contudo, no caso da doença celíaca é diferente. Na prática, a doença pode se manifestar no seu corpo em qualquer momento da vida, geralmente a partir de uma alta carga de estresse. E, quando isso acontece, a educação alimentar precisa ser revista.
“Não é porque é sem glúten que é para celíacos”, Camilly Gabry, nutricionista
Não basta o alimento ou prato serem essencialmente sem glúten. Quando falamos de celíacos, qualquer contaminação cruzada, por meio de talher ou óleo, pode desencadear uma reação inflamatória grave.
“A doença celíaca não é levada à sério em muitos restaurantes por essa não ser, muitas vezes, uma doença de reação inflamatória imediata. Ou seja, a pessoa não vai passar mal na frente do garçom. Não vai assustar aos outros clientes, como se tivesse sido envenenada. Mas, ao chegar em casa, essa pessoa vai sofrer todas as dores e consequências da irresponsabilidade do estabelecimento”, explica Camilly.
Habitué
Para você que é celíaco e não aguenta mais de vontade de comer uma boa pizza sem medo e sem precisar confirmar infinitas vezes se o alimento é seguro, a nutri Camilly Gabry indica a pizzaria Habitué.
As unidades ficam na Barra da Tijuca e em Copacabana, mas entregam em quase todo o Rio de Janeiro.
Na Habitué, todas as pizzas são sem glúten, sem lactose e livres de conservantes artificiais, além de serem ultrafits e darem aquela força na dieta.
Alekrim
Com unidades na Barra da Tijuca, Ipanema e Centro, o restaurante Alekrim é uma excelente pedida para um lanche saudável e confiável, para celíacos.
O ponto tem um cardápio que muda diariamente, feito com produtos orgânicos, é livre de glúten, lactose e açúcar.
Pomar Orgânico
Outro lugar perfeito para um lanche ou café, seja da tarde ou da manhã, mas desta vez no Itanhangá, seguindo a estrada para Barra da Tijuca.
No Pomar Orgânico todo o cardápio é feito com produtos orgânicos, sem adição de corantes ou conservantes e 100% sem glúten, para você se sentar e comer sem medo.
Sandubem Delivery
Para os celíacos que estão cheios de vontade de comer algo gostoso e diferente, mas ainda no conforto do lar, tem o Sandubem Delivery.
Localizado em Botafogo, mas com entrega para vários bairros do Rio de Janeiro, o restaurante oferece um longo cardápio de hambúrgueres completamente sem glúten e sem lactose.
Boa Mão
Mas caso a intenção seja ter aquele café da manhã, ou da tarde, completíssimo na sua casa, a dica vai para o delivery Boa Mão.
Com entregas em Niterói e Rio de Janeiro, toda a produção do restaurante é 100% sem glúten e aprovada para celíacos.
No cardápio do delivery você vai encontrar bolos, tortas, quiches, pães, empadas, doces e mais. Além disso, se estiver dando um passeio por Icaraí, em Niterói, há a possibilidade de fazer um lanche rápido na unidade da Moreira Cezar.